
Get it? Love me... Forever.
Pega em mim e leva-me contigo. Não aguento mais estar aqui rodeada por eles. Por favor, peço-te com todas as minhas forças, tira-me daqui, tira-me deles, tira-me deste pesadelo. Só quero estar contigo, sem mais ninguém, num sitio bem longe daqui onde não possa saber mais deles. I had enough. I wanna go home, and home is where you are.
Sabias que não consigo olhar para ti da mesma forma como fazia no “nosso” início? Aliás, penso que nem tu me olhas de maneira igual. É estranho, é diferente. No início, éramos apenas duas pessoas, individuais, sem qualquer tipo de fusão emocional. Nessa altura, olhava-te como olho para qualquer outra pessoa, mas à medida que esse tipo de mistura aconteceu, passei a olhar-te melhor, mais pormenorizadamente descobrindo qualidades e defeitos que não sabia existirem em ti. Claro que no início, as qualidades sobrepunham-se ao defeitos, anulando-os e fazendo-te ser, aos meus olhos, um ser tão perfeito que ninguém, mas ninguém ousava alcançar-te. Mas o tempo passou, e a minha visão alterou-se. A cada discussão, a cada insulto, a cada lágrima derramada devido a um desentendimento, um defeito era focado. E então, cada vez mais a focalização era aumentada sobre as tuas imperfeições deixando desfocados os atributos. Muitas vezes, deixo que conseguir ver algo bom em ti, principalmente quando estou cheia de raiva e a minha visão turva perante as qualidades. E para dizer a verdade, há raros momentos em que te odeio e desejo que desapareças da minha vida pois ultimamente só me causas sofrimento. Mas como sempre, acalmo e volto a olhar-te de forma pormenorizada e repito para mim mesma que és tudo o que preciso e que nunca te quero perder.
Fez ontem 2 meses. Parece tão pouco mas ao mesmo tempo tanto. Estaria a mentir se dissesse que não penso em ti todos os dias, que não sinto a tua falta apesar de estes últimos tempos termos estados tão afastados. Acredita quando digo que dava tudo! para voltar atrás no tempo e reviver aqueles tempos... Nem sabes como tenho saudades de todas aquelas saídas, de todos os jantares, de tudo. E principalmente da pessoa que eras, apesar de tudo isto, sabia que qualquer coisa e estavas lá. Mesmo que tivesses de abdicar de coisas apenas para me/nos ajudares. E em pouco tempo, puff! Tudo de se foi, tudo acabou, tudo morreu.
Repara bem no espaço de tempo que foi necessário para que voltasse a sentir que te conhecia de novo, nem que tinha sido por segundos. 2 anos! Foram precisos 2 anos para conseguir acreditar que tinha voltado a conhecer-te e na minha cabeça achei que nunca mais irias partir. Mas que fizeste...? Partiste, sem hesitar sequer. Sem perguntar se estava suficientemente bem para me deixares assim, sem sequer uma despedida de jeito. Sim, claro que um "Tenho de ir. Beijinhos, cuida de ti, depois telefono" serviria noutras circunstâncias, mas não naquelas... Não no estado em que estava. É que nem chegaste a ligar depois, nem no dia seguinte… Juro que houve momentos em que só me apeteceu ir ter contigo e gritar-te que és um cobarde e não tens coragem de dizer que não a alguém que não te é nada, que só te está a estragar a ti e aos que te rodeiam.
Disseste-me que não, que não iria passar. Mas acho que passou... Regressou tudo ao mesmo e agora tenho medo que o que tínhamos não volte. Aliás fartei-me um pouco de ires e voltares quando te apetece, enquanto eu tenho de estar sempre aqui à tua espera. Juro-te que às vezes sinto-me como um boneco nas tuas mãos, que usas e abusas quando queres, deixando-me exausta mentalmente…
Palavras são capazes de estilhaçar o nosso coração em bocados. Acredita doem mais do que um estalo, muito mais. São capazes de ecoar na nossa cabeça durante dias, semanas até! Palavras essas que não te deixam dormir nem comer em condições porque fazem sempre questão de te recordar da maneira bruta de como foram ditas e da tua cara ao dizê-las.
Como é possível teres sido tanto e agora tão pouco...? E não, a culpa não é só minha. Também tens a tua cota parte e acredita, não é assim tão pequena. E apesar de estar a tentar que voltes a ser aquilo que eras para mim, ou pelo menos parte do que foste, acho que não está a resultar.
E acredito mesmo que deves parar para pensar um bocado em nós, porque sabes, não estarei aqui para sempre e um dia puff... Posso ter desaparecido da tua vida e não voltarei mais. Por isso, pára e pensa se faz favor...