Divisões.

quarta-feira, 30 de março de 2011

gone forever.

*Peço desculpa se o texto é demasiado forte/deprimente/pessoal, mas precisava mesmo de escrever. Por isso, se não quiserem não leiam.*

Fez ontem 2 meses. Parece tão pouco mas ao mesmo tempo tanto. Estaria a mentir se dissesse que não penso em ti todos os dias, que não sinto a tua falta apesar de estes últimos tempos termos estados tão afastados. Acredita quando digo que dava tudo! para voltar atrás no tempo e reviver aqueles tempos... Nem sabes como tenho saudades de todas aquelas saídas, de todos os jantares, de tudo. E principalmente da pessoa que eras, apesar de tudo isto, sabia que qualquer coisa e estavas lá. Mesmo que tivesses de abdicar de coisas apenas para me/nos ajudares. E em pouco tempo, puff! Tudo de se foi, tudo acabou, tudo morreu.  
Na minha cabeça ainda acredito que isto é um sonho, ainda não consigo consciencializar-me que já não existes mais. Ainda penso tantas vezes que vais voltar, que vais "acordar"... Mas há outra parte de mim que sabe que não, não voltas nunca mais, que nunca mais te vou ver, que nunca mais vou falar contigo, que nunca mas nunca mais posso contar contigo.
E, não sei se estavas a "ver" ou não, mas a notícia foi... Arrasadora, no mínimo. Acredita que acordar com uma coisa assim não nos melhora o dia, antes pelo contrário. E ver-te ali deitado, imóvel, gelado... Com tanta gente à tua volta a chorar enquanto eu, fazendo-me de forte quando tudo o que queria era agarrar-me a ti e chorar e berrar tudo a que tinha direito, tentava consolar a minha avó que quase se atirou para o chão ao ver-te naquele “estado”. Acredita que aqueles dois dias, foram possivelmente uns dos mais difíceis da minha vida.
Só de me lembrar de estar estática a “ver-te” descer, cobrirem-te com terra selando-te para sempre, enquanto o meu pai me puxava e dizia «Não há nada a ver, anda embora», é uma imagem que é impossível apagar da minha mente. Foi horrível ouvir toda a gente chamar pelo teu nome e berros histéricos implorarem que abrisses os olhos, que por favor não lhes fizesses isso. E na minha mente eu fazia o mesmo, mas os meus gritos eram “silenciosos”…
E sim, tenho remorsos. Muitos mesmo. Saber que no exacto momento que digo «Quero ir visitá-lo», tu te foste e eu não tive oportunidade de te ver, mata-me todos os dias. Só de pensar que talvez tivesses ido desiludido comigo... Por isso, desculpa. Muitas desculpas.
E hum, agora só me resta dizer...



... Descansa em paz, um dia hei-de te ver de novo. Gosto muito de ti “Segundo Pai.”